sexta-feira, 12 de novembro de 2010

#ForeverAlone

Acho incrível a forma com que, aos poucos, fui ficando sozinha. Entendo que, talvez, minha natureza seja solitária, que eu precise ficar só para me entender, e compreender o mundo a minha volta. Porém, ás vezes, isso dói... É como um machucado recém cicatrizado que quando batemos em algum lugar, apenas dói um pouco. Ou quando tomamos uma vacina e alguém encosta ali, e a dor persiste, mas desaparece após alguns segundos.
E dói quando eu apenas queria um colo, ou palavras de incentivo, ou apenas uma conversa boba sobre o ontem, o hoje e o amanhã. Quando eu queria andar por aí, só rindo das pessoas na rua, e acabo sentada sozinha num banco de ônibus de volta pra casa. Quando eu queria contar uma novidade e só consigo contar quando já é passado. Quando eu queria contar algum pensamento sórdido, e ele acaba se perdendo no meu esquecimento. Quando eu queria ir ao cinema, e acabo vendo o filme meses depois, sozinha em casa.
Mas dizem que essas coisas são de momento. E são sim! Daqui há 15 minutos estarei novamente fria como uma pedra de gelo, ignorando qualquer sentimento que tente surgir, e pronta a bloquear a primeira pessoa que vier conversar no msn comigo. Então volto a ser aquela mesma pessoa que merece e necessita ficar sozinha. Pronta a esquecer todos esses sentimentalismos que tendem a aparecer quando está frio, ou quando me sinto carente.
Acabo me sentindo cada vez mais sozinha após escrever algo sobre esse sentimento, porquê no final eu apenas redescubro que a culpa é minha. E eu não farei nada pra mudar isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário