sábado, 9 de maio de 2015

Alguém para dividir a pizza

Sábado, dia considerado por mim o dia oficial de pizza. O dia de olhar aquele cardápio com uma variedade suculenta e escolher a mesma opção de sempre, calabresa. Sei que há tantos outros sabores mas, poxa, a simplicidade que me conquista. Talvez eu até aceite uma metade diferente, ou um outro sabor pra sair da rotina. Mas já tenho uma opção favorita, favor a respeite.
Mas a dor começa já ao pegar o panfleto da lanchonete escolhida. Falta a discussão sobre ir a pé ou pedir delivery, qual tem a massa mais fina e borda crocante, e o queijo? Normal queijo com o gosto da pizzaria da esquina? Dessa vez liga você. Vai. Odeio falar no telefone, você sabe. Mas você ainda não sabe, não há um você pra discutir que guaraná é melhor que coca. Minha mania de sábado não deveria ser reflexiva, não deveria existir essa falta de alguém. Pizza deveria me completar, e não me tornar solidária, querendo dividir igualmente as fatias mesmo sendo péssima em cortar mais que quatro pedaços.
Adoraria alguém pra escolher o filme; ou ganhar uma aposta feita sobre quem ganharia o jogo e pagaria dessa vez; ou só sentar na cama e rir enquanto saboreamos o pedido feito para dois. Deixa as azeitonas pra mim, se não gostar. Sobrou esse pedaço meu, quer? Não quero ficar em casa hoje, vamos encontrar um lugar novo. Quem sabe eles deixam ketchup e maionese na mesa. Podemos passar o dia da pizza para terça, quarta, quinta, o dia que melhor encaixar na nossa vida e que você decida aparecer.
Eu não quero a metade da minha laranja, cara metade, alma gêmea. Só alguém pra dividir a pizza já seria bom.

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