A chuva não molha nossos corpos. Estamos protegidos pelas paredes desse quarto. Nem escutamos o barulho das gotas na janela, Nossos sussurros e gemidos abafaram os sons externos. somos só nós dois contra todo o mundo. Eles se perdem em problemas simples. Nós nos encontramos um na pele do outro. Quando nossos corpos se tocam, toda magia e coisas inexplicáveis ganham sentido. Aqui é onde sempre deveríamos estar. onde a bagunça e confusão desse mundo sujo nunca irá nos alcançar.
Não sou seu porto seguro, nem ele é o meu. Ele é tudo que me faz tremer e ficar nervosa. Não consigo me conter. Tenho ciúmes, quero segurar sua mão no meio do bar e mostrar que estamos juntos. Mas o deixo livre. Ainda que a sua liberdade signifique a minha queda. Só que me manterei de pé, ele não precisa saber o que faz internamente comigo. Deixo apenas meu gosto na sua boca e me levanto da cama.
Ele me abraça por trás e sinto sua boca percorrer meu pescoço exatamente como a gota que observo escorre pelo vidro. Delicado e sutil, poderia significar nada. Mas significa tudo pra mim. Eu caio nos seus braços e volto pro meu paraíso particular, onde ele é a divindade pela qual fico de joelhos e faço pedidos ofegantes. A chuva continua lá fora, mas aqui só sinto um calor crescente.
Vem, meu bem.
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