Me deixa repousar minha cabeça no teu peito e agradecer os céus pelo calor que emana do teu corpo. Me permita observar tão perto todas as cores dos teus olhos brilhantes. Me embala no teu colo, enquanto aquela música toca ao fundo. Finge aceitar os meus erros quando estou só tentando fazer o certo, mas me perco e atravesso o cruzamento perigoso.
Porque tem o vento, a chuva, os tormentos, mas o seu sorriso traz toda a paz. Que os meus medos não se atrevam a aparecer agora. E que teu abraço seja a coberta para os dias mais frios. Esqueço minha intimidade com as palavras e transformo todo meu sentimento em analogia. Porque mesmo quando algo é inefável, ainda tento verbalizar e me perco no meio do caminho.
Escondo toda a poeira embaixo do tapete, e finjo ter um coração saudável para que você possa adentrar e não se assustar com a bagunça. Mas momento ou outro, a janela do passado se abre e você descobre meus erros e pecados. E não tenho medo. Você está vendo meu pior, e talvez isto te faça se impressionar com o melhor. Sou as duas caras da mesma moeda, esperando apenas ser jogada ao ar. Se eu tiver sorte, viro purpurina e me alojo em todas as partes do teu ser. E, como purpurina, farei o máximo para ser difícil de sair do teu coração.
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