sábado, 11 de julho de 2015

Carta II (Entristeço de Saudade)

Se não fosse pelas nossas conversas e pelas fotos que guardo, já teria enlouquecido de saudades. A lembrança do seu beijo quase me tira o foco. Quero ficar um dia inteiro nos seus braços. Sentir teu cheiro, e me entorpecer com ele. Deitar do seu lado e analisar as linhas do seu rosto. Quero ser sua, beijar-te, entrelaçar nossas mãos. Esquecer que há um mundo todo lá fora e fazer da sua cama de solteiro o nosso templo. Quero fazer dos teus olhos a imensidão que admiro. Me faça seu bem, seu amor. Me encha com as únicas carícias que quero sentir. Vem que tenho pressa pra sermos um do outro.
Vem que a saudade tem preenchido espaço, fechado as janelas, e me prendido nesse quarto escuro. Traz esse teu sorriso pra iluminar todos os cantos e se vista como meu salvador. Me puxa pra dançar, faremos piruetas e cairemos exaustos. Vem que quero ter conversas profundas e falar sobre bobeiras. Quero saber seu signo e sua opinião sobre assuntos polêmicos. Falar sobre a programação da tv e decidirmos o que veremos no Netflix. Discutir besteiras e fazer piada da seriedade dos outros adultos. Voltar a ser a menina de 12 anos que se apaixona pela primeira vez e fica cacheando o cabelo por você me deixar sem graça. Fazer você voltar a se sentir como na sua primeira paixão e trazer arrepios em momentos inesperados.
Me dê uma chance de me desfazer dessa saudade que eu pego detalhes para me prender caso fiquemos tanto tempo assim sem nos vermos outra vez. Me chame uma vez, e estarei no primeiro ônibus em questão de segundos. Vamos sair para jantar, para comer, para olhar os pombos na praça. Mas vamos nos ver. Preciso te entregar todos os beijos apaixonados que estou guardando. Preciso te mostrar que o mundo cabe sim em um abraço. Vamos deitar em campo aberto e admirar as estrelas. Se você ainda não souber, te conto agora: Se aparecer alguma estrela cadente, meu pedido é você.

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